Se você fez uma busca recentemente no Google percebeu que os anúncios laterais não apareceram. No começo alguns acharam que era um erro temporário, mas na verdade isso é estratégia do buscador e é um fato: os anúncios laterais não existem mais.
Antes haviam na página de resultados 11 slots de resultados pagos: três no topo da página, cinco na lateral e três no final da página. Agora, com a remoção dos laterais, mais um slot foi incluído no topo, totalizando 7 slots dedicados a links patrocinados.
Porque eles sumiram?
Ainda não há um comunicado oficial do Google sobre o porque da remoção, mas diversas teorias – plausíveis – sobre o assunto ajudam a explicar isso:
• anúncios de topo são mais clicados: segundo levantamento feito pelo Word Stream, 85% dos cliques são feitos nos anúncios de topo, versus apenas 15% nos laterais e de final de página. Assim, removendo os laterais e incluindo um slot extra nos de topo, as chances de o anúncio receber um clique aumentam consideravelmente; especialmente se formos pensar que esse número de 15% é combinado dos laterais + finais.
• anúncios de topo de página parecem mais orgânicos: visualmente falando, quando se faz uma busca, o que está no “corpo” dos resultados chama mais atenção que os laterais. Pense quantas vezes você realmente olhou com atenção para os anúncios laterais. Provavelmente muito poucas. Focando nos links de topo as chances de receber um clique aumentariam.
• design mais parecido com o mobile: já falamos diversas vezes sobre o fato de o mobile estar cada vez mais “mandando” na maneira como a internet é feita e pensada hoje. Nas buscas mobile, não há anúncios laterais, e retirando-os do desktop é possível unificar o design das páginas.
• mais extensões de anúncio: as extensões de location, sitelink e etc só aparecem nos anúncios de topo e não nos laterais. Se você costumava aparecer na lateral e agora foi para a quarta posição de topo então, as suas extensões passarão a ser mostradas. Isso traz mais igualdade entre os anunciantes.
E quais as desvantagens dessa mudança?
Um ponto que tem sido discutido – na verdade o que está mais sendo discutido – em relação a essa mudança é se o CPC (custo por clique) irá aumentar ou não. Alguns defendem que sim, pois há menos slots disponíveis. Outros dizem que não, que sim, são menos, mas que isso não influiria nos lances, especialmente por os anúncios laterais serem responsáveis por uma quantidade muito pequena de cliques, que não atrapalharia nos custos. Por ora não houve alteração nesse ponto, mas é algo que deve ser observado e muito provavelmente elucidado pelo buscador em breve.
Até agora, analisando de uma maneira bem ampla quem acaba perdendo mesmo são os resultados orgânicos que perderam uma posição – o 1º resultado orgânico “virou” o 4º pago – o que inclusive pode ser ruim na visualização em algumas telas que mostram apenas apenas três ou quatro resultados antes da rolagem de página. Se formos pensar na figura como um todo, não é de hoje que os anúncios tem sido priorizados em detrimento à busca orgânica, então o impacto, por mais sentido que seja pode não ser tão grande quanto está se alardeando.
E como isso muda minha campanha de AdWords?
Se formos pensar de uma maneira ampla, não muda muita coisa. Como levantado pelo Word Stream, na verdade a impressão que dá é que o Google deu “novos nomes aos bois”: as posições de 1-2 da lateral viraram a nova posição 4 do topo e as posições 3-5 foram para o final da página. Numa análise inicial portanto, o único perdedor é realmente a busca orgânica, mas que pode ainda não ser muito sentido.
Assim, por ora não há motivos para se desesperar. Aparentemente não haverão grandes mudanças no CPC e algum anúncio oficial ainda está por vir. O negócio é continuar com um bom trabalho de SEO e AdWords e ficar de olho nas métricas. Na teoria, quem trabalhar direito tem apenas a ganhar.